Popular mais querido do mundo celebra o dia nacional do Fusca na data de hoje. Por Marcos Camargo Jr.
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O Fusca é tema de inúmeros encontros e eventos do AutoShow. Em 1985 eles se reuniram pela primeira vez no estacionamento do Anhembi, na antiga Feira Livre do Automóvel.
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Na ocasião a Matel lançou o Festival Brahma do Carro Antigo e os modelos nacionais passaram a ter mais valor de mercado. E neste dia 20 de janeiro quando se celebra o “Dia Nacional do Fusca” rendemos homenagem ao besouro que teve três importantes despedidas no mercado automotivo.
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Fabricado em vários países incluindo o Brasil, Austrália, Alemanha, México e África do Sul, o Fusca teve 22 milhões de unidades produzidas no mundo inteiro, longevidade que talvez nem Ferdinand Porsche esperava ter quando desenvolveu o modelo versátil ainda no final da década de 1930. Na Alemanha ele se despediu primeiro em 1978 enquanto em alguns países como o Brasil o fim foi quase 2 anos depois, em 1996, e no México ele sobreviveu até 2003.
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Por aqui uma despedida lenta
Mas como foi a despedida do Fusca? As primeiras unidades chegaram importadas da Alemanha em 1950. Três anos depois ele passou a ser montado em kits e foi nacionalizado em 1959 e foi produzido até 1986 retornando depois entre 1993 e 1996.
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Como um projeto racional e acessível no preço o Fusca foi se despedindo aos poucos no mercado abrindo espaço para novos modelos como o Gol que foi seu sucessor natural. Mas essa despedida no Brasil foi lenta uma vez que o público sempre comprou e admirou o besouro. Quando saiu de linha em 1986 a ideia era automatizar mais a linha de produção e economizar ampliando a fabricação do Gol, Parati e Voyage. O mesmo ocorreu com a Brasília que não saiu de linha por dificuldade de vendas mas sim para abrir espaço a modelos mais modernos. E foi assim no mundo inteiro. Na terra natal, novas leis impediram sua continuidade
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Após 30 anos de produção na Alemanha
o Fusca deixou de ser produzido em Emdem, abrindo espaço para modelos mais modernos como o Polo e o Golf. Por legislação de segurança o Fusca deixaria o mercado naquela ocasião com 16 milhões de unidades produzidas no mundo mas seguiria em produção em vários continentes. Na Alemanha o Fusca havia migrado sua produção de Wolfsburg em 1974 pata Emdem, que se seguiu por mais quatro anos.
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E o modelo alemão era bem mais moderno que o “nosso” com suspensão independente na dianteira, vidros mais amplos e até versões com câmbio automático. Porém o Fusca ainda teria produção estendida na Alemanha até 1980 onde seria feito pela Karmann em Osnabrück para exportação especialmente aos Estados Unidos e outros mercados europeus.
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No Brasil a resistência era grande
O Fusca ainda vendia muito quando deixou a linha de produção em São Bernardo do Campo, em 1986, para abrir espaço aos modelos mais novos da marca como a linha Gol. A VW chegou a desenvolver um modelo menor que o Gol para ocupar a posição de modelo de entrada mas desistiu.
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Porém este não foi seu último momento, como bem sabemos. Nos anos 1990 o Fusca voltaria a pedido do então presidente Itamar Franco dentro do contexto do programa do carro popular onde a Volkswagen queria mais destaque neste segmento onde estava o Gol 1000. O Fusca não estava nesse programa por conta da sua motorização 1,6 litro mas oferecia um preço competitivo e fez sucesso em sua nova chance até o ano de 1996 quando finalmente foi descontinuado.
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No entanto, a foto oficial da época não marca exatamente o último modelo do Fusca que teve ainda algumas unidades produzidas a pedido de funcionários e encomendas especiais de concessionários. Foram no total 850 unidades fabricadas no pós-despedida.
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Último suspiro foi no México
O modelo mexicano deixou a linha de produção em Puebla no ano de 2003. Também com bons índices de venda o Fusca é usado até hoje em algumas cidades mexicanas como táxi.
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Mas por conta da legislação de poluentes e normas de segurança a VW decidiu encerrar a história do Fusca na virada dos anos 2000. Com muito sucesso, os últimos Fuscas seguiam a receita do modelo alemão e já incorporava injeção eletrônica de combustível combinada com o motor boxer refrigerado a ar. As últimas 3.000 unidades foram disputadas por colecionadores de vários países.
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