Modelo icônico é vendido no Brasil como elétrico mas ajudou a motorizar a Europa no pós Guerra. Por Marcos Camargo Jr.
Assim como o Fusca, o Renault 4CV, o Citroën 2CV e o Chevrolet Impala nos Estados Unidos, o Fiat 500 é um dos símbolos da história da motorização no pós Guerra. Nascido como um modelo urbano e motor pequeno, seu design icônico passou por diversas gerações indo muito além da Itália. Renascido em 2007, o Fiat 500 é produzido até hoje e vendido em alguns mercados como o Brasil. Hoje disponível somente na versão “500e” por aqui ele tem um histórico de mais de 6 milhões de unidades produzidas.
Uma história de motorização na Europa
O sucesso do Fiat 500 e de outros modelos básicos que não existem mais está na necessidade de se deslocar. Eram tempos de gasolina escassa e orçamentos apertados no pós 1946.
O Fusca já estava pronto e começava a ser produzido em série. Em 1948 viria o Citroën 2CV enquanto a Renault tinha o 4CV e só lançaria o 4L em 1961. Nos anos 1950 a Fiat que já tinha longo histórico de modelos citadinos lançaria o Fiat 500.
Projetado por Dante Giacosa, chegou em 4 de julho de 1957, à Europa. Seu pequeno motor de 479 cm³ e dois cilindros produzia parcos 13cv de potência. Com apenas 3m de comprimento e 500 kg de peso, o Fiat 500 era simples e eficiente na sua proposta inicial. No entanto ele era pura simplicidade com painel que reunia todos os instrumentos, as portas se abriam à frente e tinha perfil arredondado que fez sucesso de imediato.
Já em 1958 teria um motor de 21cv disponível bem como a versão Cabriolet, conversível, explorando o público jovem e os que podiam pagar mais por um carro pequeno. Já em 1960 a família crescia e dava origem à Giardinera, uma perua familiar mas ao mesmo tempo compacta.
Ao longo dos anos 1960 faria ainda mais sucesso desde os modelos básicos aos mais completos esportivos e conversíveis. No Nuova 500 L, a Fiat tinha seu modelo mais completo com cromados, teto removível e painel mais completo com instrumentos horizontais e opção de revestimento claro ou colorido nos bancos.
Sua história foi até 1976 com os modelos conhecidos como Fiat 500 “R” de “Rinnovata”. Três anos antes a Fiat lançaria o 126 e logo depois tiraria o icônico de linha. Em 1991 ele retornava com apelo citadino e menos arrojado no design cheio de linhas retas mas mantendo-se fiel ao estilo citadino. Os motores tinham 700 ou 900cc e era um modelo mais barato que o Uno na Itália.
Em 1998 ele sairia de linha novamente e a Fiat só manteria em produção o modelo “600” ao longo dos anos 2000. Em 2005 a Fiat voltava a dar sinais de que um novo carro seria produzido e em 2007 lançou a nova geração do 500.
Com linhas elegantes e curvilíneas ele tinha tudo novo e motores 0,9 TwinAir, Fire 1.3 e 1.4 e até versões diesel. Foi um sucesso estrondoso. O carro chegou ao Brasil importado da Polônia, depois do México, e também fez sucesso por aqui.
Já com o devido “upgrade”, o Fiat 500 oferecido no país tinha itens como direção elétrica Dual Drive, ar-condicionado digital, sete airbags e ESP (sistema eletrônico de estabilidade). O modelo foi o primeiro Fiat vendido no Brasil com Hill Holder. Pioneirismo faz parte do DNA da Fiat e com o 500 não é diferente. Ele foi também o primeiro automóvel a oferecer sete airbags de série, ESP avançado em todos os seus motores e nele estreou a família de motores TwinAir de dois cilindros. Foi também o primeiro carro com apenas 3,55 metros que conseguiu receber as 5 estrelas do EuroNCAP. Hoje ele é vendido no Brasil apenas na versão 100% elétrica mas se trata de uma nova geração que estreou mundialmente no final de 2020.
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