Essa medida influencia diretamente a produção do Polo, Virtus e Nivus. Por Felipe Salomão
A Volkswagen que vem sofrendo com a falta de peças em toda a sua linha passa a ter apenas um turno de produção na unidade Anchieta, em São Bernardo do Campo, na grande São Paulo. A companhia iniciou o regime de lay-off para cerca de 1.500 funcionários, que devem ter a suspensão temporária do contrato de trabalho de 2 a 5 meses. Desta forma, a produção do Polo, Virtus e Nivus são afetados diretamente.
A Volkswagen que já chegou a paralisar outras unidades fabris no Brasil ao longo desse ano e tem a produção da linha Gol e Voyage prejudicada desde junho tomou essa medida por conta da crise global dos semicondutores, que afeta todo o segmento automotivo. Inclusive, outras marcas também já sofreram por causa da falta desses componentes eletrônicos por aqui e, também, no mundo.
É importante destacar que os semicondutores são peças fundamentais para os carros de hoje em dia, uma vez que estão presentes nos sistemas de segurança, iluminação, transmissão, controles eletrônicos e sistemas de entretenimento.
Em nota enviada para o Auto Show a Volkswagen disse: “a escassez de capacidades de semicondutores tem levado a vários gargalos de fornecimento em muitas indústrias globalmente. Isso também tem gerado problemas no abastecimento da indústria automotiva ao redor do mundo durante o ano de 2021. O resultado são adaptações em toda a indústria na produção de automóveis, o que também afeta as marcas do Grupo Volkswagen.
Nos últimos meses, o time da Volkswagen América Latina tem trabalhado intensamente, em parceria com a matriz e fornecedores, para minimizar os efeitos da escassez de semicondutores para a produção em suas fábricas na região. Entretanto, o cenário atual não demostra o encaminhamento para uma solução definitiva visando a normalização do fornecimento de chips. Em razão disso, a Volkswagen do Brasil concedeu layoff para um turno desde o dia 1/11 para São Bernardo do Campo/SP.”
Entenda o problema:
Esse cenário foi desencadeado pela pandemia de COVID-19, já que a cadeia global de produção de componentes e chips eletrônicos mudou de estratégia para atender o forte crescimento das vendas de eletrônicos no mundo neste período. Contudo, o segmento automotivo que esperava uma grave crise de demanda com os lockdowns que afetaram todos os países (o Brasil inclusive) suspendeu encomendas destes equipamentos geralmente de origem asiática. Com a forte alta das vendas, as fábricas de veículos não conseguiram atender toda essa demanda, o que tem paralisado fábricas por aqui, fenômeno que travou a produção de automóveis no mundo todo.
Como a maioria destas peças são produzidas na China ou em outros lugares do mundo, as empresas que têm sede por aqui sofrem por conta disso, já que esses componentes demoram a chegar ao país já comprometidos com fabricantes de smartphones e eletroeletrônicos em geral.
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