Volkswagen terá lay-off e apenas um turno em São Bernardo do Campo por falta de peças

De acordo com o sindicato do grande ABC, que cedeu uma entrevista para o site Automotive Business, a Volkswagen terá lay-off e funcionará em turno único na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo

No complexo industrial são produzidos o Polo, o Virtus, o Nivus e a Saveiro. Por Felipe Salomão

Produção em turno único deve começar a partir de novembro

De acordo com o sindicato do grande ABC, que cedeu uma entrevista para o site Automotive Business, a Volkswagen terá lay-off e funcionará em turno único na fábrica de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Desta forma, 1,5 funcionários terão a suspensão temporária do contrato de trabalho. Essa medida foi tomada por causa da falta de semicondutores, que tem paralisado linhas de montagens por todo o mundo. No complexo paulista a empresa produz o Polo, Virtus, Nivus e Saveiro.

Com isso, 1,5 trabalhadores terão a suspensão temporária do contrato de trabalho

Essa suspensão de contrato de trabalho deve ser por dois ou cinco meses. Já a produção em turno único deve começar a partir de novembro. Além disso, a montadora alemã já sofreu com outras paralisações por falta de peças nas fábricas de Taubaté, no interior de São Paulo, e em São José dos Pinhais, no Paraná. Nessas unidades são produzidos o Gol, o Voyage, o T-Cross, além do extinto Fox.

Volkswagen também já suspendeu linha de montagem do Gol

Crise global por falta de equipamentos eletrônicos
Não é apenas a Volkswagen que sofre com a falta de semicondutores. Outras montadoras também têm tido problemas por conta da carência do componente tecnológico. A Chevrolet ficou um longo tempo paralisada, o que derrubou as vendas do Onix e Onix Plus, que só no mês passado voltou a ser produzido. O Tracker, que também tinha bons números de vendas, também foi prejudicado por não ter peças na linha de montagem.

Marca sofre com a falta global de semicondutores

Além dessas duas, a Honda, a Hyundai, a Renault, a Fiat, entre outras, já sofreram por conta dessa crise global. É importante ressaltar, que esse problema teve início com a pandemia de COVID-19, pois a cadeia global de produção de componentes e chips eletrônicos mudou de estratégia para atender o forte crescimento das vendas de eletrônicos no mundo neste período. Desta forma, o setor automotivo, que esperava uma grave crise de demanda com os lockdowns que afetaram todos os países, suspendeu encomendas destes equipamentos geralmente de origem asiática.

Polo é produzido em São Bernardo do Campo

Contudo, com crescimento das vendas de veículos as fábricas de componentes eletrônicos não conseguiram dar conta da demanda do segmento automotivo. Por isso, os componentes demoram a chegar às fabricantes de automóveis, o que tem comprometido a produção de carros.

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