SUV compacto deve ser equipado com motor 1.0 litro turbo de 130 cv do Fiat Pulse. Por Felipe Salomão

A Citroën já comunicou que lançará o novo C3 no mercado brasileiro no início do próximo ano. A novidade deve ser equipada com o mesmo motor de 1.0 litro turbo de 130 cv do seu rival Fiat Pulse e a plataforma CMP do Peugeot 208. Veja o que já sabemos sobre o modelo.
O novo Citroën C3, que será produzido em Porto Real, no Rio de Janeiro, será o grande lançamento da marca francesa no Brasil em 2022, uma vez que o modelo faz parte da nova estratégia da empresa de lançar três carros até 2024. Além disso, o crossover compacto deve atrair novos públicos para montadora já que tem um design arrojado e estilo próprio da marca francesa estreando tecnologias já conhecidas. Essa “mistura”, porém, será inédita ao usar a base CMP originária da Peugeot e o motor turbinado desenvolvido pela Fiat.

Em relação ao desenho da novidade, a dianteira terá faróis de iluminação diurna dispostos em formato de Y, que estão interligados com uma barra cromada, que também forma o logotipo da empresa. Já os faróis convencionais são redondos. Ambos são de LED. Por sua vez, a grade tem um acabamento discreto e uma barra preta sobre ela. Os faróis de neblina, que são redondos, contam com uma moldura em volta deles, que confere esportividade. Tanto o para-choque quanto o capô têm vincos, que dão a sensação de robustez e elegância. Na a traseira os faróis também são arredondados e a tampa do porta-malas tem um desenho retilíneo.

O interior também tem traços arrojados e vem equipado com uma grande central multimídia de 10 polegadas com conexão com Android Auto e Apple CarPlay. Além disso, o painel de instrumentos é 100% digital. O SUV será bicolor, ou seja, o teto poderá ser pintado nos tons preto ou branco.
Sob o capô, o novo Citroën C3 deve ser equipado com o motor de 1.6 litro, que entrega 115/118 cv a 5.750 rpm e com torque de 15,5 kgfm a 4.000 rpm. Também será oferecido com o mesmo propulsor do Fiat Pulse, ou seja, 1.0 litro turbo, que rende 130 cv e aproximados 20 kgfm de torque. A transmissão deve ter opção automática CVT e manual.

O crossover chegará para concorrer diretamente com modelos de entrada como Volkswagen Nivus, Jeep Renegade, Hyundai Creta, Caoa Chery Tiggo 3X, Renault Duster, Peugeot 2008, Nissan Kicks e Chevrolet Tracker.
História do C3 no Brasil
Quando chegou ao Brasil nos anos 2000 o C3 era um hatchback produzido em Porto Real, no Rio de Janeiro com o mesmo design francês que fez sucesso diante de modelos que eram oferecidos no país. O modelo contava com um visual arredondado, que tinha uma pequena grade dianteira e faróis pontiagudos e itens como direção elétrica que eram inéditos. Já a traseira contava com lanternas dispostas na vertical compondo um estilo de monovolume ou hatch ampliado. Por dentro, era bem simples, mas já tinha uma parte do painel de instrumentos digital, o que era avançado para época, além de ter rádio, computador de bordo e desenho arredondado.

Mesmo com a chegada da segunda geração do carro no começo da década passada, o C3 manteve o visual arrojado. O modelo contava com uma pequena grade frontal, em que tinha o formato da logomarca da empresa, além de ter faróis angulares, faróis diurnos afilados e faróis de neblina redondos. A traseira também tem traços redondos e os faróis estão dispostos na horizontal e sobrepõem a tampa do porta-malas. Já o interior tem painel de instrumentos analógico divido em três partes: conta-giros, velocímetro e computador de bordo. O volante também é totalmente diferente e tem um desenho mais arrojado que a versão anterior.

Ao longo destes anos, a Citroën equipou o C3 com o motor de 1.6 litros de 16V, que entrega 110 cv com torque de 15 kgfm. Também vendeu o hatchback com propulsor de 1.4 litro, que rende 82 cv com etanol e 80 cv com gasolina com torque de 12,6 kgfm para os dois combustíveis. O modelo também contou com o trem de força de 1.5 litro de 93 cv e 14,2 kgfm com etanol e 89 cv e 13,5 kgfm com gasolina. Ainda teve o conjunto mecânico Puretech de 1.2 litro, que desempenha 90 cv e 13 kgfm com etanol e 84 cv e 12,2 kgfm com gasolina. Por fim, comercializou o modelo com motor de 1.6 VTI de 122 cv com 16,4 kgfm com etanol e 115 cv com 15,5 kgfm com gasolina. A transmissão podia ser manual de cinco velocidades ou automática com modo manual de seis marchas (teve ainda o automático de quatro marchas compartilhado com outros produtos do extinto grupo PSA).
O Citroën C3, que saiu de linha no começo deste ano, teve em outubro 7.068 unidades transacionadas, o que o deixou na vigésima primeira posição do ranking dos usados mais vendidos no país. Resta saber agora, se a nova geração do C3, que se tornará um SUV compacto, fará tanto sucesso quanto as duas últimas versões.

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