Sedã compacto muda em breve para seguir protagonista nos países onde é oferecido. Por Marcos Camargo Jr
O Honda City está no Brasil há dez anos. Por aqui conhecemos a quinta geração em 2009 e só um motor: 1.5 aspirado, que teve pequenas mudanças nesse intervalo. No entanto, sua história já conta longos 38 anos e seu desenvolvimento começou há exatamente quatro décadas. Quer saber mais? O Auto Show conta:
Um carro conhecido pela sua robustez, baixa desvalorização e manutenção mínima, características comuns dos Honda são virtudes do City. Mas como isso começou?
O carro da próxima década
O City começou a ser desenvolvido em 1979 e seria “a última palavra em carro urbano dos anos 1980”, prometia a montadora. Tudo nele seria novo, da base ao motor. Deveria ser espaçoso por dentro mas compacto por fora tal qual os carros europeus, com motor econômico e que pudesse ser vendido em vários países, com pequenas adaptações. Toru Arusawa foi encarregado de desenhar o carro seguindo as tendências da época.
Conceito
No Japão o Honda City foi apresentado só quando já estava pronto, em Fevereiros de 1981, com o design “TallBoy” (garoto alto) graças ao estilo espichado e compacto. Tinha boa área envidraçada e era muito mais arrojado que os carros pequenos europeus. Tinha pára-choque integrado, painel recuado e simplificado e boa ergonomia.
No mercado
O Honda City fez sucesso imediato. Estreava com motor 1,2 litro aspirado com 44cv. Logo a seguir ganhou uma versão turbo desenvolvida pela Mugen com 1.2 turbo de 108cv que se tornou desejo dos jovens japoneses na época.
Também teve uma versão Cabriolet que chegou em 1984 com motor de 67cv.
Uma de suas versões vinha com a motocicleta dobrável Motocompo de 49cc e 2,5cv, feita para pequenos deslocamentos e que cabia perfeitamente no porta malas do City e do Honda Today. A mini moto foi fabricada entre 1981 e 1985 durante a primeira geração do carro.
Em 1986 chegou a segunda geração e a opção de um motor 1,2 litro já com injeção eletrônica de 76cv. O visual era menos arrojado e ainda vinha na configuração hatch bem ao estilo dos concorrentes quando passou a ser exportado em grande quantidade.
A versão mais cara ficou conhecida como Fit, nome que a Honda jamais deixaria de usar.
Só em 1996 chegou a terceira geração com a plataforma encurtada do Civic e daria base para uma inédita configuração sedã que consagraria o City. A Honda mirava a novidade nos mercados emergentes e acertou em cheio. Apesar do visual genérico, o City evoluía muito e o sucesso do três volumes como carro inquebrável fez dele um fenômeno de vendas por onde passava.
O City era produzido inicialmente em Ayuttaya, na Tailândia, e depois na Índia com versões mais simples e motor 1.3. Nessa época em países desenvolvidos ganhava o motor 1.5 com comando de válvulas simples cuja evolução é fabricada até hoje. Já tinha 16V, desenvolvendo 90cv, e já podia ter câmbio automático.
No ano 2000 surgiu o motor VTEC com comando de válvulas variáveis que desenvolvia 95cv ou 106cv conforme a versão. O City mais caro, chamado VTI como no Civic, tinha requintes como freios a disco nas quatro rodas, rodas em alumínio e acabamento requintado.
Entre 2003 e 2008 o City se tornou cidadão do mundo e passou a ser produzido em sete unidades da Honda, inclusive na China, graças a união com a Guangqi Honda. Nessa época voltou ao Japão como Fit Aria, estreou o câmbio automático CVT e após a troca de geração se manteve como Everus S1 na China. Aliás, o Everus é um dos modelos mais populares no maior mercado automotivo do mundo.
A partir de 2008 o novo City estrearia não só no Brasil, Tailândia, China e Índia mas também na Malásia, Paquistão, Filipinas e Argentina.
Uma das curiosidades dessa geração é que na Ásia é oferecida a variante 1,3 litro, em países de percurso quase todo plano, enquanto na China há uma versão 1,8 litro e na América do Sul é vendido unicamente com o 1,5 litro.
Atualmente na sexta geração, o City também é conhecido como Ballade, Grace, Greiz e Gienia (fabricado pela Dongfeng Honda, também na China) Desde 2016 é fabricado também no Japão e Taiwan.
Mas isso vai mudar em breve. Com a chegada do novo Honda Fit, até o final deste ano, a nova base deverá servir ao City. Ele terá motor 1.0 turbo três cilindros, uma evolução do 1.5 oferecido aqui e também um sistema híbrido associado ao mesmo motor. Certamente estas mudanças irão evoluir o City e o Fit muito em breve na sequência dessa história.
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