Testamos a nova Duster 2021: o que mudou?

SUV compacto manteve o preço de 2019 e agora só está disponível com motor 1.6SCe. Por Marcos Camargo Jr

Nono colocado nas vendas de SUVs compactos o Duster precisava de mudanças já há um bom tempo. Agora a Renault deu uma boa resposta a esse segmento.

Já na linha 2021 com mais conteúdo, novo interior e o mesmo motor 1.6SCe de 118/120cv com câmbio manual ou CVT em quatro versões, ele promete vender mais custando menos que os concorrentes com motor aspirado. 

O Duster em si é o mesmo: a plataforma B0, o motor conhecido e as virtudes e defeitos que estrearam em 2011. Justiça seja feita: ao manter os mesmos preços a Renault dá um recado claro que vai enfrentar os concorrentes com um SUV mais bem equipado e barato.

Visualmente o Duster mantém seu estilo rústico: ganhou novo pára-choque e luzes em LED, pára-lamas mais largos, pára-brisa mais inclinado mas principalmente um novo interior, nova multimídia, bancos e painel.

A versão Iconic, topo de linha, traz chave cartão presencial que precisa estar no console antes de dar a partida por botão. Mas ela está presente só na versão mais cara enquanto as demais ainda trazem chave canivete. Também na versão Iconic há kit aventureiro com barras no teto, aplique nas portas e pára-choques além de luzes auxiliares.

O motor SCe 1.6 é o mesmo. Apesar de um pouco lento a experiência de guiar com ele pela cidade ou em estrada sem muita pressa é agradável. Os 16kgfm de torque aparecem só aos 4.000rpm de torque e não há trocas manuais atrás do volante. O câmbio CVT simula seis marchas e o ruído do motor só é notado nas acelerações mais vigorosas. Em termo de novidades só mesmo o start stop que promete alguma economia de combustível mas sob o capô ainda há reservatório de partida a frio. A direção elétrica substituiu o antigo mecanismo eletro-hidráulico e ficou muito melhor na prática. 

No futuro o SUV terá motor 1.3 turbo oferecido aqui no Classe A que já testamos, mas isso só irá ocorrer após a troca de motores no Captur que mudará no próximo ano.

Vale a compra?

Para se manter competitivo o Duster traz ares de novidade mantendo o essencial de sua base, espaço interno, interior renovado e pequenos mimos. Se for considerar os 12 SUVs compactos à venda no país com valor mais acessível o desempenho do SCe não é um ponto fraco: seus competidores diretos tem motorização limitada como o Jeep Renegade 1.8 e.TorQ, Nissan Kicks 1.6, Hyundai Creta 1.6, Honda WR-V 1.5 e também o HR-V 1.5, Citroën C4 Cactus 1.6 e Peugeot 2008 1.6. Todos os demais turbinados custam muito mais que o Duster nas versões equivalentes. Vamos ver se o consumidor responderá bem a essa estratégia da Renault nos próximos meses.

O Renault Duster será oferecido em quatro versões com o motor 1.6 SCe

Duster Zen 2020: R$ 71.790

Barras de teto pretas, direção elétrica, ar-condicionado manual, faróis com assinatura de LED, vidro elétrico nas quatro portas, start/stop, banco do motorista com regulagem de altura, banco traseiro rebatível bipartido, tomada 12V, rodas de aço 16”, rádio, quatro alto-falantes e chave canivete.

Duster Zen CVT: R$ 77.790

acrescenta o já conhecido câmbio CVT e ponteira cromada do escapamento.

São opcionais o novo sistema Multimídia EasyLink, faróis de neblina, rodas de liga leve 16” e painel de instrumentos com visor LCD por R$ 3.000 no chamado pacote “Techno”. 

Duster Intense: R$ 83.490 

Acrescenta a grade e barras de teto cromadas, maçanetas pintadas na cor da carroceria, faróis de neblina e apliques no pára-choque, retrovisor elétrico cromado, rodas de liga leve aro 16, vidros elétricos com função um-toque, volante de couro, multimídia EasyLink, sensor de estacionamento e câmera traseira, ar-condicionado automático digital, regulador e limitador de velocidade. Os bancos de couro são opcionais por R$ 1.700.

Duster Iconic: R$ 87.490

Acrescenta o sistema de câmeras Multiview (360 graus), chave cartão presencial, rodas de alumínio aro 17 diamantadas, alerta de ponto cego, sensor de luminosidade e apoio de braço. O pacote Outsider é opcional por R$ 2.300