Prós e Contras: Stepway 1.6 CVT 2020

Velho conhecido no mercado brasileiro, a robustez do Sandero é uma virtude para os seus proprietários. Com mais de um milhão de unidades fabricadas por aqui ele é figura fácil nas ruas. No entanto, na atual versão tem sido raro ver um Stepway com motor 1.6 e câmbio CVT já que o Sandero vende bem mesmo nas versões mais baratas com motor 1.0 SCe.

O Sandero já teve posição mais confortável no mercado brasileiro ao ocupar a terceira e quarta posição entre os mais vendidos. Remodelado completamente em 2019, o Sandero ganhou na versão Stepway uma proposta de utilitário esportivo light usando o mesmo conjunto mecânico do Duster e Captur: 1.6 SCe de 118cv (gasolina) ou 120cv (etanol) associado ao câmbio CVT. 

 O Stepway perdeu o nome Sandero para se distanciar das versões mais em conta sem os seus adereços de aventura. Agora mais alto (185 mm, 45 mm a mais que o Sandero com câmbio manual) e com visual mais bruto, o carro ainda tem ares de novidade. Os faróis em LED neste caso dão um visual mais moderno para o carro, os novos para-choques dianteiro com apliques em cromado nos faróis de neblina e skis (dianteiros e traseiros) na cor prata reforçam ainda mais o visual SUV. As lanternas invadindo a tampa do porta-malas tem visual escurecido e parecem maiores quando contrastam com a cor chamativa. O Stepway traz novas rodas de 16” bíton diamantadas, na cor cinza Erbe.  

Mas a nova versão automática vale mesmo a pena? O AutoShow testou o Sandero 1.6 CVT durante uma semana rodando mais de 500km com o carro que também foi mostrado no Feirão AutoShow. 

Prós

Espaço interno: o quesito cabine conta muito em um carro compacto. E com seus mais de quatro metros de comprimento o Sandero é sempre um campeão no quesito espaço. Alto, largo e com bancos de bom encaixe os mais altos encontram boa posição de dirigir

Suspensão: A absorção de impacto com solo é algo que agrada os ocupantes do carro e apesar da altura as valetas e lombadas não incomodam, a não ser que sejam solavancos contínuos. Mais refinado que as versões básicas, o Sandero ficou também um pouco mais silencioso e deve agradar ainda mais.

Controle de estabilidade e tração: além dos airbags adicionais e das barras de proteção adicionadas às laterais o Sandero tem controle de estabilidade e tração que ajuda a corrigir a trajetória do carro nas curvas, itens que o Sandero 1.0 por exemplo, não tem e qie fazem muita diferença.

Contras

Simplicidade interna: por dentro, o carro repete o plástico duro com pouco requinte no contorno do cluster e saídas de ar. O plástico rígido se repete nas forrações de porta nas laterais, no aspecto estranho da alavanca de câmbio CVT e na falta de cuidado que ele ainda traz no vão entre o para-brisa e o capô.

Câmbio CVT e motor 1.6: um ponto de melhoria para o carro seria a relação entre motor e câmbio. As saídas são espertas em baixa rotação mas em alguns momentos existe a sensação de que o CVT demora a responder e que é mais rápido do que o motor. 

Preço alto: é certo que nenhum carro nacional é exatamente barato. Mas é fato que por R$ 72 mil o Sandero Icon Stepway CVT já tem preço que encosta nos SUVs da marca. O Duster mais em conta na prática é mais barato que o Duster e por um pouco a mais é possível adquirir o Captur, ambos com o mesmo motor e câmbio do Stepway. Ele só é mais “barato” que o Hyundai HB20 X que na versão topo Diamond Plus, com o motor 1.6 aspirado e câmbio automático, supera os R$ 77 mil.