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Prós e contras Jeep Renegade Limited 2020

Vale a pena comprar o modelo mais caro?Saiba quais são os pontos positivos e negativos da versão flex topo de linha do Renegade. Por Guilherme Magna

Lançado no Brasil em 2015 o Jeep Renegade vem ganhando cada vez mais espaço mesmo praticamente sem mudanças importantes nos últimos cinco anos. Segundo dados da Fenabrave, o SUV é atualmente o líder de mercado com mais de 50 mil unidades vendidas em 2019. Isso coroa ainda mais a estratégia da marca de posicionar o Renegade em diversos mercado, como o PcD, nas versões de entrada e nas mais equipadas com motorização flex 1.8 e também a diesel.

Por ser o modelo mais vendido do segmento, o SUV é muito procurado no mercado de usados e seminovos. No Feirão Auto Show o Renegade é figurinha carimbada com boas ofertas em todas as versões.

Testamos a versão Limited 1.8 E-torQ equipada com transmissão automática de seis velocidades, disponível no mercado por R$ 109.990, já na versão 2020.

A versão é a mais equipada com o motorização flex em busca de novos consumidores que saem de um modelo hatch, por exemplo, para um utilitário esportivo.

O visual não teve novidades consideráveis este ano. O SUV ganhou apenas faróis e lanternas em LED, rodas aro 19” e uma nova tela de 7” para a multimídia Uconnect, que possui espelhamento com celular Android e Apple. O Renegade se destaca pelo bom espaço interno, com bancos em couro e elétrico para o motorista.

Ao dirigir o carro é perceptível que ele tem arrancada lenta e a conversa entre motor e câmbio não é das melhores. Isso acontece porque o Renegade Limited é equipado com o já antiquado motor 1.8 Flex E-torQ de até 139cv com etanol o que na prática é pouco para um carro de 1.393kg. Mesmo com câmbio moderno e de seis marchas, a relação peso potência joga contra o Renegade.

No uso urbano ele se mostra adequado e marcou consumo de 7,6km/l abastecido com etanol. Uma média aceitável para a categoria, o segundo colocado entre os carro mais vendidos do segmento Hyundai Creta marca 7,3km/l, ou seja, um ponto positivo para o Renegade que mesmo com motor antigo ainda mostra seu valor.

O Renegade Limited possui um isolamento acústico bom e tem bom pacote de equipamentos que inclui direção elétrica progressiva, seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, Start/Stop, sensor crepuscular e sensor de chuva. A versão Limited ainda conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP), controle de tração (TCS), faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, portas com acabamento em tecido e acabamento em couro nos apoios de braço das portas e central.

 O mercado mostra o porquê do Renegade ser o líder de vendas do segmento. O SUV da Jeep não fica atrás de seus principais concorrentes Honda HR-V, Nissan Kicks e Hyundai Creta assim como Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus nesta faixa de motorização aspirada entre 1.6 e 1.8 litros, caso do Jeep.  

Espaço interno, conforto e equipamentos são destaque

O Renegade tem um pacote de opcionais completo trazendo itens como sensor crepuscular, farois em LED, multimídia atualizada e completa, partida por botão, freio de estacionamento eletrônico entre outros. Nesta faixa de preço traz itens interessantes e só fica devendo um teto solar, coisa que concorrentes como o T-Cross e o Creta na versão Prestige. 

O espaço interno para os ocupantes também é um ponto a ser elogiado. O habitáculo é fundo e oferece conforto para as pernas, assentos largos e com boa ergonomia. 

Falta porta malas e merecia um novo motor

Se por um lado ele tem bom espaço interno para os passageiros o ponto negativo fica por conta do porta-malas de apenas 320 litros, um dos menores da categoria. O motor 1.8 e.TorQ de 139cv também é naturalmente limitado. Tem pouca potência em baixo giro e apesar das melhorias de consumo ainda não é referência. Mas isso ainda leva um tempo para mudar porque a nova família de motores turbo chegará só no próximo ano, por volta do segundo semestre. Afinal ele vende bem mas se destaca no segmento PCD onde custa R$ 69,9 mil e nas versões mais em conta, que custam a partir de R$ 89,9 mil. Seus consumidores não exigem um desempenho esportivo, que ele não tem, mas com a chegada de propulsores o Renegade deve ficar imbatível também nas versões topo de linha.