Vale a pena apostar na versão equipada porém limitada com motor de 130cv? Por Guilherme Magna
Com quase três anos de mercado, o Hyundai Creta está sempre perto dos líderes no segmento dos utilitários esportivos compactos. Surfando na boa imagem da marca, produzido no Brasil e bem equipado, o Creta sempre vendeu bem. Ano passado foram 48.982 unidades comercializada, se tornando o segundo carro mais vendido de sua categoria, atrás apenas do Jeep Renegade e ocupando o 15º lugar do ranking geral da Fenabrave. Em 2019 a Hyundai já vendeu 29.556 unidades, isso somando os meses de janeiro a julho, o que o torna o terceiro mais vendido em seu segmento, atrás apenas do Jeep Renegade e Nissan Kicks, seus concorrentes diretos.
O Creta tem tantos atributos que é difícil encontrá-lo usado em concessionárias e lojas e até mesmo no Feirao Auto Show ele é raro de ser visto.
Testamos a versão Pulse Plus 1.6 equipada com transmissão automática, disponível no mercado por R$ 94.990, já na versão 2020.
A versão é a mais equipada com o motor 1.6 em busca de novos consumidores que saem de um modelo hatch por exemplo para um utilitário esportivo. No entanto, fica bem distante do preço inicial de R$ 69,9 mil do Creta.
O visual não teve novidades este ano. Só alguns elementos foram modificados na versão topo, a Prestige. O Creta se destaca pelo bom espaço interno, apesar dos bancos serem de tecido há regulagem de altura, volante com comandos de rádio e funcionalidades, ar-condicionado digital, kit multimídia blueNav® de 7” com espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay.
Ao dirigir o carro é perceptível que ele tem arrancada lenta bem como as retomadas. Isso acontece porque o Creta Pulse Plus é equipado com motor 1.6 Flex de até 130cv com etanol o que na prática é pouco para um carro de 1.359kg. Mesmo com câmbio moderno e de seis marchas, a relação peso potência joga contra o Creta.
No uso urbano ele se mostra adequado e marcou consumo de 7,3km/l abastecido com etanol. Contudo, usar motor 1.6 aspirado em um SUV não é exclusividade da Hyundai. Renault Captur e Duster trazem a mesma solução bem como o Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus e também Nissan Kicks com motores 1.6 aspirado. E todos eles são menos potentes do que o Creta porém são mais leves.
O Creta Pulse Plus possui um isolamento acústico bom e tem bom pacote de equipamentos que inclui direção elétrica progressiva, seis airbags, controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, Start/Stop, sensor crepuscular e sensor de chuva. A versão Pulse Plus ainda conta com controle eletrônico de estabilidade (ESP), controle de tração (TCS), gerenciamento de estabilidade (VSM), assistente de partida em rampa (HAC), sinalização de frenagem de emergência (ESS), faróis de neblina, sensor de estacionamento traseiro, portas com acabamento em tecido e acabamento em couro nos apoios de braço das portas e central.
Prós e contras
O mercado mostra o porquê do Creta ser um sucesso de vendas. O Hyundai não fica atrás de seus principais concorrentes Honda HR-V, Nissan Kicks e Jeep Renegade assim como Peugeot 2008, Citroën C4 Cactus e Nissan Kicks nesta faixa de motorização aspirada entre 1.6 e 1.8 litros, caso do Jeep.
O Creta tem um pacote de opcionais completo, um bom espaço interno, porta-malas geneoroso, mas o motor 1.6 é naturalmente limitado. Na lista de itens de série ele sempre agrada com boa relação custo benefício, tanto que o Hyundai está sempre entre os mais vendidos. Quem sabe com a nova família de motores que chegam com o HB20 até o final de setembro, o Creta não tenha uma opção mais potente ou mais eficiente, assim como terá o Jeep Renegade a partir do ano que vem.
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