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Os 5 clássicos mais raros do acervo da Volkswagen no Brasil

Recentemente a Volkswagen inaugurou um espaço dentro da fábrica Anchieta, que acaba de completar 60 anos de atividades, com uma exposição de 20 carros antigos além do concept Car Gol GT exibido no Salão do Automóvel de São Paulo.

O espaço “Garagem Volkswagen” é parte de um projeto de exibir modelos raros da marca, que conta com 98 carros marcantes de séries especiais, modelos descontinuados, versões limitadas e até que foram vendidas em outros países. Tive acesso reservado ao espaço onde só tem acesso clubes de carros antigos convidados e mesmo assim os veículos estão isolados e não é permitido acesso ao seu interior.

Assim, elencamos os 5 carros mais interessantes desse acervo que começa a ser revelado e o porque deles serem tão especiais.

Projeto BY

Construído em 1986, o BY era um projeto de carro compacto que seria o concorrente do Fiat Uno lançado em 1984 e que fazia o maior sucesso. Usando a base do Gol, o BY tinha plataforma mais curta, traseira de corte reto e mantinha as linhas retas do modelo mais vendido da VW. Conta com soluções interessantes como o banco traseiro com trilho e amortecedor em diagonal para manter algum espaço aceitável no porta-malas.Por que é raro? É raro porque geralmente as montadoras destroem seus protótipos após o fim de um determinado projeto. A Volkswagen resolveu apostar em versões mais em conta do Gol. Em 1990 a ideia era lançar o BY para responder ao projeto do carro 1.000 que tinha impostos reduzidos mas a VW optou pelo Gol 1.000 com motor CHT e desistiu do carrinho.

Brasília 1981

A Brasília foi um projeto muito bem sucedido no Brasil, desenvolvida aqui e produzida de 1973 a 1981, chegou a ser exportada para a África e América Central. O exemplar da Garagem Volkswagen nunca saiu da fábrica Anchieta e tem pouco mais de 40 quilômetros rodados. É da versão LS que tinha painel completo, filete que imitava madeira no painel e a elegante cor. No entanto traz o deslize do emblema em cor escura, diferente do padrão original da época, com o logotipo cromado sobre fundo preto.Por que é raro? Com 40km rodados não há outro exemplar tão novo quanto esse.

Variant II 1980

O “Variantão” já é raro no Brasil, pois foi produzido apenas de 1977 a 1982. Era o único Volkswagen com motor refrigerado a ar com suspensão independente do tipo McPherson na dianteira o que se traduzia em um rodar muito confortável. O exemplar exibido é da cor XXX, a mesma usada nos Dodges quando a Volkswagen passou a usá-las em alguns carros quando adquiriu a Chrysler do Brasil em 1979.Por que é raro? O carro rodou 30km em toda a sua vida e jamais saiu da unidade fabril.

Santana EX

O modelo Executivo é um pré-serie, que serviu para homologar todos os itens que seriam oferecidos no sedã mais caro da marca. Como não havia carro importado na época, o Santana EX tinha visual mais caprichado com frisos, aerofólio e emblemas diferenciados. O Santana Executivo ofereceria até câmbio automático e bancos em couro, itens raríssimos em carros nacionais.Por que é raro? Além de ser um pré série, que geralmente são “escrapeados” usando o linguajar técnico para destruídos em unidade fabril, o carro tem 16km rodados.

Volkswagen SP1

O esportivo desenvolvido no Brasil teve o design concebido por Marcio Piancastelli e Jota Novita Martins assim como a Brasília. Lançado em 1972 tinha design arrojado, centro de gravidade baixo, estilo Fastback inspirado no Porsche e um interior com instrumentação completa. Porém o motor 1600 com dupla carburação e 65cv não empolgava.Por que é raro: foram apenas 88 unidades fabricadas do SP1 de 1972 a 1973. Foi um fracasso devido ao baixo desempenho do motor. Foi substituído rapidamente pelo SP2 que teve 10.205 unidades fabricadas é que já tinha motor 1.700 de 75cv e relação de marchas alongada.