Novos John Cooper Works resgatam DNA esportivo da Mini

Conheça a origem dos novos esportivos da Mini que estreiam no país. Por Marcos Camargo Jr

Segundo a estratégia de remodelar a linha completa, este ano a MINI passa a oferecer no Brasil as versões esportivas John Cooper Works com motor 2.0 TwinPower Turbo de 231cv no hatch e conversível e 306cv no Clubman e Countryman, sempre com câmbio Steptronic de oito velocidades.

Visualmente a dupla traz identidade aprimorada com emblemas JCW, rodas e pneus específicos e um interior com novos bancos em couro Alcântara com faixa de cor clara nas laterais, ar-condicionado digital automático dual-zone, multimídia de 8,8 polegadas compatível com Apple CarPlay e Android Auto (neste caso sem espelhamento), som Hi-Fi Harman/Kardon com 12 alto falantes, luzes ambiente, farois em LED, retrovisor eletrocrômico, teto solar panorâmico, head up display e sempre com transmissão automática Steptronic.

Apesar do preço inicial de R$ 184,9 mil na versão MINI JCW duas portas de 231cv chegando a R$ 239,9 mil para o Countryman, o pocket rocket mostra que continua fiel à sua proposta de um kart com motor cada vez mais forte sem perder o DNA pensado por seu criador há mais de 60 anos. 

História dos esportivos

Há 60 anos a estreia de um automóvel urbano na Inglaterra abriu uma possibilidade de uma revolução no segmento com um DNA que segue autêntico até hoje. Em 1959 os ingleses conheciam o Mini, um carro com 3m de comprimento, rodas posicionadas nos extremos, baixo e com grande espaço interno com motor muito econômico, ideia do engenheiro Alexander Issigonis.

Esse carro nasceu na British Motor Corporation, com os emblemas Austin e Minor, e motor de 850cc e 30cv. Se tornaram “coqueluche” como se dizia à época, e se espalharam pela Europa. Tinham óleo que refrigerava o motor e o câmbio, suspensão usando batentes de borracha e pneus de 10 polegadas bem resistentes. Essa robustez logo chegou às pistas em 1961 e foi provada ao longo dos anos.

Nesse ano estreava o Mini Cooper, nome usado até hoje, mas que na época significava um projeto desenvolvido com John Cooper, amigo de Issigonis.

Com motor de 998cc e 54cv se tornou o Mini mais desejado da linha. Dois anos depois chegaria a versão Cooper S de 1271cc e 78cv imortalizando o carro nas competições europeias. A dirigibilidade, a suspensão precisa e a estabilidade graças ao formato do carro fizeram dele um sucesso a ponto de, anos depois, a Mini usar o nome Cooper em toda a linha, rebatizando as versões de entrada como “Cooper 850” ainda nos anos 1960. 

Os modelos esportivos nunca deixaram de ser produzidos acompanhando as inúmeras parcerias da marca com outras montadoras até chegar à compra da Rover que então produzia o Mini, pela BMW, onde está até hoje.

A montadora germânica aprimorou a essência do Mini e lançou neste ano duas novas versões para o John Cooper Works, divisão esportiva: o Mini John Cooper Works, Mini Cabrio JCW, além do Clubman JCW e Countryman JCW.

Aliás, engana-se quem pensa que o Clubman é invenção recente. Ela existe desde 1960, lançada como Traveler e depois rebatizada ao longo dos anos. Para homenagear estes e outros clássicos o Auto Show Collection, evento de carros antigos e modificados do sambódromo do Anhembi, promove encontros nas noites de terça feira. Conheça a programação do evento no site oficial.