Novo Sandero 1.6 CVT vale a compra?

Avaliamos a nova versão topo de linha do hatch que estreia o câmbio automático X-Tronic. Por Marcos Camargo Jr

Já se vão 12 anos desde que o Logan, e logo depois o Sandero, estrearam no país e pela primeira vez a Renault mexeu prá valer na dupla que sempre foi um sucesso de vendas por aqui. Apesar de manter a plataforma e a mesma estrutura, a dupla recebeu a mais importante reestilização desde o lançamento. Com a opção do novo câmbio automático X-tronic nas versões 1.6, a Renault espera avançar mais com o Sandero e o Logan. Mas no primeiro mês cheio de vendas, só o hatch emplacou 5.347 unidades, quase o dobro das 2.954 emplacadas em julho.

O Auto Show avaliou o Sandero 1.6 Intense CVT, versão mais cara do hatchback equipada com motor SCe de até 118cv (etanol), transmissão automática e todos os opcionais como multimídia Media Evolution, bancos em couro e câmera de ré com sensores traseiros.

O desempenho do carro é satisfatório, mas a Renault calibrou o Sandero 1.6 para ter boas arrancadas embora às vezes falte fôlego nas retomadas mesmo explorando as seis relações existentes no câmbio CVT. Sem mais alterações além do controle de estabilidade e tração (nesta versão), ele ficou mais seguro nas curvas e pisos molhados, o que é uma boa vantagem. A direção ainda é eletro hidráulica, um pouco mais pesada em manobras, mas o grande trunfo foi a adoção do câmbio sem embreagem, muito bem escalonado e confortável no uso em estrada e principalmente na cidade.

Em termos de consumo, o Sandero registrou 5,5Km por litro na cidade, em trânsito intenso, média de 5,8km em trechos urbanos e 8,2km na estrada, usando etanol.

A bordo da novidade, a Renault melhorou o acabamento do Sandero com novo painel, volante e console. O revestimento do teto é preto, os bancos tem espuma mais densa e tecido agradável ao toque, o mesmo usado no Captur por exemplo. A multimídia Media Evolution agora se integra ao Apple Car Play e Android Auto, e a tela capacitiva está mais rápida ao toque dos dedos. O espaço interno continua bem generoso e no banco traseiro o cinco de três pontos para o terceiro passageiro é outra vantagem. A Renault reforçou a carroceria do carro, introduziu sistema Isofix de série, mudou os encostos de cabeça e acrescentou mais dois airbags, tudo em prol da segurança.

O Sandero 1.6 Intense CVT custa R$ 65,9 mil, mesmo nível de seus concorrentes com transmissão desse tipo como o Ford Ka 1.5 Freestyle, Fiat Argo Precision 1.8 AT, Toyota Yaris XL CVT e Volkswagen Polo 1.6 MSi. Também estão para chegar os novos Onix e HB20 que manterão opções automáticas na linha.

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