Nissan Frontier Attack: vale a pena?

Picape fabricada na Argentina tem preços a partir de R$ 155.590. por Guilherme Magna

 

Para diferenciar das versões comuns e não deixar a pick-up tão cara, a Nissan lançou a a Frontier Attack, um veículo com visual bem diferente e o conteúdo intermediário da utilitária que avaliamos aqui no Auto Show.

Visual diferente 

O estilo da Attack sugere esportividade para a Frontier, por isso, os adesivos pretos no capô, barra inferior dianteira, rack no teto, faróis com máscara negra, santantônio e grade escurecidos, além dos estribos que facilitam a vida dos passageiros para entrar na cabine, fazem parte do pacote. Ao mesmo tempo, usa rodas de liga leve também com visual escurecido aro 16″ com pneus mistos. 

Direção “bruta”

A Frontier Attack é dócil mesmo usando direção hidráulica um pouco mais pesada graças ao tamanho dos pneus e ao peso de duas toneladas do veículo. O comportamento da picape é bem dinâmico o que na maior parte das vezes faz o motorista esquecer que está guiando um carro desse porte graças ao bom torque em baixa rotação. Assim, subidas e descidas não são difíceis para a Frontier com tração 4×4.

O motor 2.3l biturbo de 190 cv é um dos pontos positivos do carro. Ele entrega a força ideal para a picape rodar em ampla faixa de rotações e não é necessário dar um quick-down no pedal do acelerador para sentir os 45,9kgfm de torque. Outro ponto positivo da Frontier Attack é a ausência dos coices nas trocas de marcha e isso se deve ao moderno câmbio automático de sete marchas que traz mudanças precisas, ágeis e suaves na maior parte do tempo.

Ao longo de uma semana rodamos em cidade e estrada com a pick-up incluindo uma pequena viagem de 170km. Com média em torno de 13,4km/l na cidade e 16km/l sempre com diesel S-10, o modelo se mostrou ser econômico, com boa relação entre peso/potência. O ponto negativo fica por conta da suspensão que ainda pula muito em buracos, mesmo com a suspensão multilink. 

Pacote de equipamentos 

A Nissan Frontier Attack tem conforto acima da média mas o nível de equipamentos ainda pede melhorias, mesmo o carro trazendo controles de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas e o controle de descida. 

A Nissan também ganhou a central multimídia A-IVI de 8” com espelhamento de Android Auto e Apple CarPlay, a câmera de ré, que também não tinha no modelo anterior. Ainda assim o sistema não é tão rápido e por vezes com comandos confusão e o cluster ainda é antigo com mostradores analógicos. 

Boa surpresa é o ar-condicionado com saídas traseiras, direção hidráulica, trio elétrico, volante multifuncional com ajuste de altura e computador de bordo. Itens como chave presencial, retrovisores rebatíveis e seis airbags que estão disponíveis na versão XE. 

Vale a pena? 

A lista de equipamentos da linha Frontier se assemelha a de seus concorrentes, o que torna pouco compreensível que a Frontier venda pouco. De janeiro a setembro a Nissan emplacou 5.993 unidades da Frontier, quase cinco vezes menos que as 30.138 unidades da líder Toyota Hilux no mesmo período. 

Se você procura uma pick-up robusta a Nissan Frontier é digna de entrar nas pesquisas de picapes médias ão lado da Toyota Hilux, Chevrolet S10, Volkswagen Amarok e Mitsubishi L200 Triton. A Nissan é relativamente equipada mas com ótimo conjunto mecânico. Com bom custo-benefício, bom valor de revenda e cinco anos de garantia a picape tem versões bem competitivas em preço e motor diesel digno de sua classe. A linha Frontier fica assim composta: S MT 4×4 (R$137.550), Attack AT 4×4 (R$155.590), XE AT 4×4 (R$ 174.380), LE AT 4×4 (194.790).

Se você procura uma pickup o Auto Show tem centenas de ofertas e um feirão realizado todo domingo com uma área exclusiva de utilitários, junto com mais de 4.500 veículos no Anhembi e 1.500 do Shopping ABC.