Vendas despencaram este ano e dívidas superam R$ 8 bilhões. Por Marcos Camargo Jr

Neste final de semana o prédio da sede da Neta Auto teve seu lotogipo retirado elevando os rumores sobre a falência da marca. A história da Neta é muito recente no mercado automotivo mas a cada dia que passa o grupo parece próximo de um desfecho negativo. No último final de semana em Zheijiang, na China, o logo da marca foi retirado do prédio que ocupava. Após uma série de problemas na linha de produção, greve e outras dificuldades de financiamento, a Neta até chegou perto da meta de produzir 100.000 veículos em 2024 após 13.000 unidades de 2023, mas perdeu o ritmo e pode fechar as portas.

A montadora, que tem dívidas de US$ 1,4 bilhão, cerca de R$ 8 bilhões, disse que a remoção da logo se deu por conta do contrato de locação do imóvel, visto que a marca irá utilizar um novo endereço, que ainda não foi divulgado.

O grupo Hozon, que é o controlador da Neta, tentou buscar dinheiro primeiro em fundos chineses e depois até mesmo fora do país. Em janeiro as vendas já tinham despencado 98%.

No Brasil a Neta foi anunciada há pouco menos de um ano com os elétricos Aya e X com preços de R$ 133.900 e R$ 209.900, respectivamente. Ao todo, 46 unidades dos veículos foram vendidas do lançamento até agora no Brasil, segundo a Fenabrave.
Uma concessionária foi aberta no Rio de Janeiro e outras operações de shopping foram iniciadas. No entanto, a concessionária fluminense já fechou as portas dando lugar a uma revenda da GAC. Oficialmente ainda há operações em Brasília e o site da importadora aparece apenas como “em manutenção”.