Lançamento da Mégane Scènic completa 25 anos: dirigimos a primeira de 1998!

A Renault está no Brasil desde 1992 mas só em 1998 a marca finalizou sua primeira fábrica por aqui

Modelo foi o primeiro monovolume produzido em série no país e fez sucesso até 2010. Por Marcos Camargo Jr.

Modelo teve 33 mil unidades produzidas só no primeiro ano

A Renault está no Brasil desde 1992 mas só em 1998 a marca finalizou sua primeira fábrica por aqui. Foi um longo hiato desde os anos 1960 onde a marca produziu os modelos Dauphine e Gordini, e um grande salto para a “Renault do Brasil Automóveis”, criada em 1998.

Megane E-Tech é a nova versão elétrica prometida para este ano

O primeiro modelo deste novo momento foi justamente o monovolume Renault SCENIC, que fez sucesso entre as famílias desde o começo. A Scènic teve a primeira unidade finalizada em abril de 1998 ainda no Senai de Curitiba. Na época a linha de produção ainda não estava pronta e a montagem serviu para treinar as equipes que iriam trabalhar na produção do novo modelo. O lançamento da Scenic ficaria para março de 1999 quando ela finalmente chegaria ao mercado e com sucesso: 33 mil unidades seriam produzidas só no primeiro ano.

Primeiro modelo montado no Brasil

Contexto da época
Nessa época carro familiar era sinônimo de Station Wagon. Modelos como Fiat Palio Weekend eram um sucesso desde 1996 e logo viria a Marea Weekend e a chevrolet tinha o Corsa Wagon lançado em 1997. Outros como Ford Mondeo e ainda o Escort SW eram oferecidos na versão familiar assim como a antiga Volkswagen Santana Quantum. O segundo monovolume familiar seria o Citröen Xsara Picasso que só chegaria três anos depois da Scenic.

Monovolume de apenas 4,13m de comprimento tinha amplo espaço interno

Embora o estilo da Scènic tivesse origem na linguagem de design dos carros da época na marca Renault suas soluções eram únicas. O monovolume de apenas 4,13m de comprimento tinha amplo espaço interno e área envidraçada, posição ergonômica para condução e algumas soluções inovadoras. E por isso foi inovador criando um novo segmento entre os carros familiares por aqui.

Porta-malas pode chegar aos 1.700 litros de capacidade com bancos removidos

Entre as soluções inovadoras estão os bancos individuais traseiros que podem ser rebatidos e até removidos do veículo ampliando o porta-malas de 410 litros para mais de 1.700 litros de capacidade. “Algumas soluções foram desenvolvidas aqui no Brasil como a mesinha que não está presente neste protótipo e foi incorporada depois ao modelo de produção”, diz Mansan.

Scenic tinha motor 2.0 8V que desenvolvia 115 cv

Motor 2.0 para começar
No lançamento, a Scenic tinha motor 2.0 8V que desenvolvia 115 cv, a 5.400 rpm, e 17,5 kgfm de torque, combinada com câmbio manual de cinco marchas. Logo após seu lançamento, chegou a versão RT com o 1.6 16V (110 cv e 15,1 kgfm). Em 2001 ela foi reestilizada e nesta geração ganhou motorização flex, opção de transmissão automática, além do motor 2.0 16V de 140 cv.

Modelo tem posição ergonômica para condução e algumas soluções inovadoras

No lançamento alguns detalhes ganharam relevância como a estreia do carro com sistema de direção elétrica, os paralamas de plástico injetado e a pintura na linha de produção era com tinta a base d’água. “O Scenic não apenas criou um segmento inédito no mercado, como inovou em seus processos de produção”, completa Mansan.

Renault guardou a unidade pré série em seu acervo com muito cuidado

Ao volante da SCENIC
A experiência de guiar um veículo de 25 anos preservado com apenas 2.109km no hodômetro é ímpar. A Renault guardou a unidade pré série em seu acervo com muito cuidado. Para oferecê-la em uma rápida experiência de condução bastou uma região mecânica completa bem como dos fluidos para garantir o funcionamento perfeito.

Monovolume foi importante para mudar a imagem da marca no Brasil

O motor desenvolve um pouco “quadrado” fruto da pouca rodagem do motor. O câmbio tem engates longos como os modelos da Renault sempre tiveram e ainda um desenvolvimento um pouco áspero na rotação do propulsor. Ainda asssim, a sensação de dirigir uma máquina do tempo se traduz no cheiro do acabamento interno típico dos carros da época e a posição com ampla visibilidade. Poucos carros foram tão inteligentes quanto a Scenic, talvez o Xsara Picasso da Citroën que chegou um pouco depois.

Modelo foi comercializada até 2010 quando o mercado já havia mudado bastante

Como ficou o mercado?
Até aquele momento, veículos familiares estavam restritos às peruas como a Fiat Palio Weekend, Volkswagen Santana e na linha da Chevrolet a Corsa Wagon. Entre modelos médios estavam Fiat Marea Weekend, Ford Mondeo, Escort SW, Volkswagen Passat Variant. Depois da Scenic, viriam Chevrolet Zafira e depois a Meriva além da Fiat Idea bem como o Xsara Picasso da Citroën. A Scenic explorava a linha custo benefício com os motores 1.6 e desempenho com o 2.0 8V e depois o 2.0 16V. Foi comercializada até 2010 quando o mercado já havia mudado bastante. Isso mostra o quanto o monovolume foi importante para mudar a imagem da marca no Brasil.

Modelo tinha um desenho moderno para época

Próximos passos
O nome Megane teve sucessor nos anos 2000 com uma versão sedan e a perua Grand Tour. Hoje segue vivo (ou seguirá pois não foi lançado) por meio do Megane E-tech 100% elétrico. Quem sabe ele será tão importante para reposicionar a marca numa estratégia de mudar seus produtos por completo como parte de um plano de investimento de R$ 2 bilhões no país até o fim de 2025.

Procura um Renault Mégane Scènic? Veja no AutoShow mais de 40.000 classificados de veículos e participe dos feirões presenciais realizados todo domingo das 7h às 13h no Expo Center Norte e Shopping ABC