Modelo ficou bem mais equipado e entrega boa potência mas consumo continua alto. Por Marcos Camargo Jr.
Veterano entre os modelos compactos o Jeep Renegade foi completamente renovada este ano em quatro novas versões. Também aposentou o motor 1.8 e.TorQ e o 2.0 Multijet diesel. Agora ele é oferecido somente com o moderno motor T270 1.3 litro de 185cv e 27kgfm de torque combinado com câmbio de seis ou nove marchas (versões 4×4). Mas o que muda com esse novo motor a bordo do Renegade?
Se a proposta dele é desempenho vamos adiante no que ele faz de melhor. O motor T270 conta com nova tecnologia que se destaca pela entrega de potência que é bem diferente do antigo 1.8 aspirado. O novo motor quatro cilindros tem 180cv com gasolina e 185cv com etanol no propulsor com injeção direta de combustível e sistema Jeep Traction Control + que ajuda a redistribuir a tração caso uma das rodas dianteiras estejam “patinando”. Assim, combinado com câmbio automático de seis marchas o Jeep se destaca pelo torque disponível a partir de 1750rpm acelerando muito bem apesar do seu peso de 1.476kg.
Boas arrancadas, mais confiança com o sistema de tração e mantendo o conforto da suspensão independente. O Jeep Renegade mudou muito a bordo mas só vai perceber quem puder acelerá-lo. Certamente ele não vai mais fazer feio em vídeos na internet.
Visual pouco mudou
O estilo do Renegade tem herança no Wrangler que por sua vez puxa o fio da história no antigo Jeep Universal. Mas eles não tem nenhuma relação além do design. O novo Renegade traz novos faróis em LED agora de série, faróis auxiliares (nesta versão), lanternas com novas molduras, alem de novos para-choques lhe deram visual mais robusto. Nas laterais o nome do carro em um emblema cromado sugere mais requinte.
Requinte porque o Jeep Renegade tem a clara intenção de se descolar dos seus rivais diretos. Como ele bem equipado com motor 1.3 turbo de 185cv se nivela aos modelos mais equipados semelhantes como Volkswagen T-Cross 250TSi, Hyundai Creta 2.0 aspirado, Renault Duster 1.3 TCe, Tiggo 5X Pro, Peugeot 2008 ou C4 Cactus equipados com motor 1.6 THP.
Mais equipado e mais caro
A Jeep deixou o Renegade mais equipado no geral. Se a versão Sport é mais simples com rodas aro 17, sem cromados e com multimdia de 7 polegadas em sua versão Longitude ele já traz itens que a maioria dos seus concorrentes não tem como faróis e luzes de neblina em LED, alerta e frenagem autônoma de emergência, alerta e assistente de manutenção de faixa, detector de fadiga, leitor automático de placas, três conectores USB e ainda outros itens de confronto.
É o caso do freio de estacionamento eletrônico (coisa que poucos oferecem), quadro de instrumentos com tela de TFT, ar-condicionado digital automático, sistema multimídia de 8,4” com Android Auto e Apple CarPlay sem fio e carregador de celular sem fio.
Acima dele os demais modelos do Renegade já tem tração 4×4 e trazem opção de teto panorâmico elétrico, controle de descida e câmbio automático de nove velocidades. Mas para quem não faz questão destes itens e não enfrenta situações off road isso não é necessário. O controle de tração dos modelos 4×2 já vão entregar mais confiança a bordo do Jeep.
Consumo segue alto apesar do desempenho
Rodamos cerca de 700km a bordo do Jeep Renegade com o novo motor 1.3 turbo. Ao longo do nosso teste feito com etanol o consumo do Renegade ficou em 6,7km na cidade e 9,5km na estrada. Com gasolina, por mais 200km, o Crossover marcou 8,5km na cidade e 12,5km por litro na estrada. São números ligeiramente melhores que o do motor 1.8 mas a entrega de potência é incomparavelmente superior. Ainda assim ele está longe de ser econômico em função do seu peso elevado e da carroceria quadrada que desfavorece a aerodinâmica.
Espaço interno é destaque mas porta-malas é pequeno
O Renegade continua se destacando pela qualidade de montagem e acabamento superior a todos os concorrentes do segmento. A qualidade da montagem é boa, bem como o material empregado no painel e forrações de porta. Para completar apesar do entre-eixos reduzido (2,57m) o aproveitamento de espaço é ótimo com cabine ampla. O porta-malas segue abaixo na média com 385 litros enquanto ele traz 4,27m de comprimento, 1,80m de largura e 1,70m de altura.
Preço para comparar
O Renegade custa a partir de R$ 123 mil na versão Sport e R$ 138 mil no modelo Longitude, para se ter uma ideia dos valores dobrados por ele. Na ponta do lápis apesar da faixa de preço basta lembrar que modelos do mesmo porte não serão tão potentes e já estarão na faixa dos R$ 150 mil. O Creta 1.0 por exemplo fica bem atras em desempenho e custa os mesmos R$ 140 mil em versões mais equipadas.
O mesmo vale para o Tracker da Chevrolet por cerca de R$ 142 mil na versão 1.2 turbo. O Peugeot 2008 e Citroën C4 Cactus custam cerca de R$ 120 mil e terão o bom motor THP 1.6 de 165cv mas ficam bem abaixo na lista de equipamentos. Na linha semelhante em desempenho e preço estão Tiggo 5X e Renault Duster 1.3 na faixa de R$ 137 mil mas sem dúvida o Renegade evoluiu muito mais com seu novo motor e lista de itens de série ainda que isso custe um pouco mais que os rivais.
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