Novidade chega ao país em fevereiro de 2020 mas concessionárias já vendem o Bolt. Faça as contas e veja se vale o investimento. Por Marcos Camargo Jr
A GM quer fazer o consumidor calcular o custo mensal de se ter um carro elétrico para vender o Bolt, primeiro modelo com propulsão alternativa da marca à venda no país. O carro está disponível em pré-venda por R$ 175 mil em 25 concessionárias de nove estados. No Nordeste, apenas Pernambuco irá vender a novidade.
Sem emissões, o motor elétrico do veículo tem o equivalente a 203cv e 36,7kgfm de torque, o que lhe dá desempenho similar ao do Equinox. A GM chama o Bolt EV de crossover, ainda que ele seja de fato um monovolume com porte do Honda Fit (o Bolt é 7cm mais longo). A autonomia do veículo é de 416km com uma recarga. A bateria tem oito anos de garantia e foi revista em relação ao modelo mostrado ano passado no Salão do Automóvel: ela tem 10% mais autonomia.
O abastecimento do Bolt pode ser feito com qualquer tomada residencial de três pinos devidamente aterrada o que torna o processo lento, cerca de 10 horas. Em pontos de recarga de alta tensão como os eletropostos uma parada de 30 minutos rende autonomia de 145 quilômetros. A GM aposta na solução do carregamento rápido do tipo wall box, com 7,4VA de potência e entrada de 220V CA 60Hz oferecido à parte por R$ 8,3 mil. O equipamento é instalado na casa ou trabalho do cliente e tem dois anos de garantia.
Vale a pena para mim?
A GM lança junto com o Bolt um sistema de compra com parcelas fixas, saldo residual e garantia de recompra ao final do plano, como o leasing e sistemas semelhantes em alta no Brasil (os juros são reduzidos).
O plano consiste em parcelas de R$ 1.841 (48 meses), desde que o cliente ofereça entrada de R$ 70 mil e se comprometa a pagar um residual de R$ 52.500 ao fim do plano. Para rodar cerca de 40Km por dia, a GM estima um gasto mensal de R$ 98 por mês, bem menos do que os R$ 500 estimados para um veículo convencional a gasolina.
Segundo a GM o Bolt elétrico é 2,5 vezes mais em conta que um modelo semelhante híbrido e quatro vezes mais em conta que um similar a combustão. Certamente para uso eventual o carro não vale a pena, já que há modelos de porte semelhante com custo inicial mais em conta. Mas para um uso frequente, calculando bem a manutenção e o valor para “abastecer a novidade”, o Bolt é um bom negócio. Pena que os tributos e o custo logístico para trazê-lo como importado tornem e novidade tão cara.
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