Compacto da Fiat teve duas mudanças profundas mantendo sua característica de economia e baixa manutenção
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Após quase 37 anos de produção a Stellantis confirmou o fim do compacto Fiat Uno com uma série especial que terá apenas 250 unidades numeradas por R$ 85 mil.
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Ao longo de quase quatro décadas, o hatch teve duas gerações com 4.379.356 unidades fabricadas com motor 1.0 ou 1.4 em diversas versões e chegou a ocupar o posto de modelo mais barato e mais vendido do mercado brasileiro diversas vezes.
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Mas a polêmica em torno do Uno é que se convenciona dizer que ele teve duas gerações. É mais fácil de entender do que na época do Palio que apesar das cinco grandes mudanças de estilo também teve duas gerações. Geração é quando há troca de plataforma o que significa uma renovação completa do veículo.
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O Uno teve cinco momentos: o início em 1984, a primeira mudança de estilo em 1991 começando pelas versões mais caras, outra mudança a partir de 1994, depois em 2004 quando houve uma alteração mais profunda de estilo e novamente em 2007 ficando até o fim de sua produção em 2013 com o mesmo estilo. No entanto, mudança de plataforma ao longo desse tempo? Nenhuma. Eram só alterações de estilo.
A história de uma lenda
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O Fiat Uno chegou ao país em 1984, um ano após o lançamento na Itália, fruto do projeto da Italdesign de Giorgetto Giuliano que foi adaptado ao Brasil com mudanças de suspensão e motorização que era 1.0 e 1.3 enquanto na Europa ele já tinha o moderno motor Fire que efetivamente chegou ao país em 2002.
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O Fiat Uno foi um sucesso desde o início bem como seus derivados Prêmio, Elba e Fiorino, que foram exportados. No caso do Prêmio e da Elba, a oferta ao mercado europeu da época com grande sucesso e a Fiorino brasileira teve versões inusitadas por lá.
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O Uno se tornou “popular” com o Mille em 1990, desprovido de vários equipamentos mas com preço acessível. A partir daquela virada de chave ele seria o carro mais barato do país e melhor em desempenho que os concorrentes da época domino Gol 1000, o Escort Hobby e o Chevette Júnior.
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O carro teve versões interessantes como o Uno 1.5 R e o Uno Turbo em 1994. A partir de 1996, com o Uno EP ele ganharia injeção eletrônica e desde então perdeu versões de apelo esportivo ou de carro completo, opções disponíveis só na linha Palio lançada naquele ano.
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A partir dos anos 2000 o Fiat Uno mudaria muito pouco. Em 2002 ganharia o bom motor Fire 1.0 de 65cv e em 2004 viria uma renovação de estilo que foi muito controversa. E por isso durou apenas 3 anos.
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Em 2007 a Fiat retocava novamente seu popular. Naquele momento o Palio ia de vento em popa e era vendido com dois estilos diferentes explorando ao máximo as motorizações disponíveis: 1.0, 1.3, 1.5 e 1.6 litro já com a Palio Weekend, o Siena e a Strada.
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Em 2010 foi apresentada sua segunda geração. Ficou basicamente só o nome Uno pois o carro foi reprojetado do zero. O carro perderia a característica do espaço interno simples mas generoso com painel mais alto, bancos reprojetados e novos itens de série. O estilo tinha clara inspiração no Fiat Panda italiano.
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Ainda assim a Fiat manteve em linha o Uno Mille até 2013 quando a obrigatoriedade de freios ABS e Airbags forçou o fim do último carro popular brasileiro.
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O carro chegou a ter uma série de despedida denominada Grazie Mille com cor, visual e adereços exclusivos. Seja como for o Mille que chegou como modelo moderno para os anos 1990 conseguiu se manter competitivo com suas características de baixo consumo, bom espaço interno e baixa manutenção sendo o primeiro carro de milhões de consumidores ao longo dos últimos 37 anos.