Compacto chegou importado do Brasil em 1981 e foi nacionalizado no ano seguinte no país vizinho. Por Marcos Camargo Jr
Pequeno no tamanho, grande no espaço interno e pioneiro no Brasil. O Fiat 147 inaugurou a linha de produção em Betim no ano de 1976. Fruto de um projeto evoluído do modelo 127 o nosso pequeno notável foi produzido no Brasil até 1986 e abriu espaço para a expansão do Uno que chegou dois anos antes.
Na Argentina o tempo do 147 foi mais longo e mesmo em um mercado menor em relação ele fez sucesso considerável. Vale lembrar que quando ele estreou na Argentina a Fiat já tinha nove modelos por lá e 23% de participação de mercado enquanto na mesma época contávamos com apenas dois (147 e Pickup). Assim o “nosso” 147 estreou na terra dos hermanos como modelo importado produzido no Brasil no ano de 1981.
A gama do 147 argentino era bem mais ampla que a nossa usando motores diferentes: 1,1 litro de 53 cv e 1,3 litro de 60cv. Enquanto lançávamos as versões sedã (Oggi) e perua (Panorama) além do Spazio (mais equipado que o 147) os argentinos tinham 3 versões do 147 e nacionalizavam a produção já em 1982.
Em 1983 o carrinho ganhava novas versões: CL, CL5, TR e TRD. Uma novidade era a versão diesel com motor 1,3 litro de 42cv com injeção eletrônica Bosch.
A versão mais divertida era o 147 Sorpasso com motor 1,3 litro de 90cv graças a adoção de carburador Solex 32 de corpo duplo. Além dos spoilers e visual carregado tinha rodas de alumínio, faróis de neblina, defletores e volante de três raios com painel completo.
Em 1987 o carro foi relançado com o nome Brio, uma versão simplificada que não tinha nem marcador de combustível e sim uma luz de reserva que se acendia no painel. O motor era o 1,1 litro mas com 64cv graças aos carburadores Weber 32 ou Solex 32 de corpo duplo.
No andar de cima o Spazio tinha as versões CL, T, TR e TR 1.4 que chegou em 1991 e durou até 1993 com motor 1.372cc de 61cv. Nesta época a linha do pequeno Fiat crescia e o projeto do 147 perdia espaço. Assim o fim do pequeno notável estava traçado mas ele ainda ficaria três anos em produção.
O motor 1.4 (ou 1.372cc) foi o único que sobrou na linha de 1993 a 1996 quando ele foi rebatizado de Vivace. Era um carro simplificado com parachoques envolventes e mais largos porém sem frisos e adereços além do emblema da versão.
Com a construção da fábrica de Córdoba que ficava pronta no final de 1996 os argentinos ganhariam a linha de produção do Palio e Siena no ano seguinte.
Este foi o último suspiro do Vivace dez anos depois do fim do modelo brasileiro.
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