Duster Iconic 2021: avaliação completa, consumo e concorrentes

SUV se renova mantendo-se competitivo e com preço mais acessível que a maioria das novidades. Por Marcos Camargo Jr

O Renault Duster já foi líder do segmento dos SUVs mas vinha perdendo espaço diante de tantas novidades que chegaram ao país especialmente após 2015 com a ascenção do Jeep Renegade e agora com o novo Tracker e o T-Cross.

Assim, com oito anos de experiência e de vida a Renault recolocou seu SUV mais em conta em uma competição mais justa apesar de ficar devendo o motor turbo que chega em 2021. Fica a base e a motorização 1.6SCe de 120cv (O 2.0 deixa de ser oferecido) com o conhecido câmbio CVT com um novo ajuste para aproveitar a potência do motor e elevar o torque de 15,9kgfm para 16,4kgfm.

Mas vai muito além de um visual renovado com acabamento externo de apelo off-road, característica do SUV na versão Iconic que o Auto Show avaliou e que custa R$ 87,5 mil, sendo o mais caro da linha que começa em R$ 71 mil para as versões com câmbio manual e R$ 78 mil para a automática. Se por um lado desempenho não é seu forte custo benefício pode destacar o Renault.

Pouca gente percebe mas discretamente até a carroceria teve melhorias com nova inclinação do parabrisa, da coluna C, o interior foi completamente modificado (o que não quer dizer sofisticado) e há novos itens como a esperada direção elétrica e multimídia Easy-Link aprimorada. Estas duas novidades devem ser oferecidas, em breve, no Logan e Sandero especialmente os mais caros com motor 1.6 da Duster.

Na prática

O novo ajuste do motor que se manteve com 120cv mas melhorou o torque e tornou a condução do Duster menos ruidosa fazendo o possível para entregar desempenho com o limitado motor. Também está disponível o modo ECO que limita o já comedido motor e melhora a autonomia em cerca de 10% mas se torna sem sentido na estrada. Com cerca de 1.000 quilômetros rodados as médias de consumo são satisfatórias: 6,2km/litro sob trânsito intenso que chega a 10,4km/litro em vias livres e 11,8km/litro na estrada usando apenas etanol. Na média total foram 7,2km/litro com o combustível vegetal.

O espaço se mantém muito bom, um dos melhores do segmento. O porta-malas de 475 litros, entre-eixos generoso de 2,67m e 4,33m de comprimento, portas com bom ângulo de abertura e conjunto de rodas e pneus aro 17 que garantem rodagem suave mesmo em estradas de chão batido ainda que o Renault não seja um autêntico veículo off-road. 

Renault Duster Iconic oferece além da direção elétrico, multimídia Easy-Link e ar condicionado digital um conjunto de câmeras 360º, sensor de pontos cegos, acendimento automático dos faróis e luzes diurnas em LED, chave presencial do tipo cartão, partida do motor por botão, rodas de liga leve diamantadas com pneus de 17 polegadas e apoio de braço para o motorista junto aos bancos de couro.

Nesta versão o Renault Duster Iconic oferece além da direção elétrica, multimídia Easy-Link e ar condicionado digital um conjunto de câmeras 360º, sensor de pontos cegos, acendimento automático dos faróis e luzes diurnas em LED, chave presencial do tipo cartão, partida do motor por botão, rodas de liga leve diamantadas com pneus de 17 polegadas e apoio de braço para o motorista junto aos bancos de couro.

O valor das revisões do Duster contando apenas os itens obrigatórios marcados no manual do veículo até os 60.000 quilômetros é de R$ 3.426,55 com paradas a cada 10 mil km, um dos menores do segmento. Vale lembrar que a Renault tem oferecido o crossover com as três primeiras revisões incluídas no preço o que reduz o custo total para R$ 1.809,00. Bom, se comparado com os concorrentes mostrando evolução de um SUV capaz de surpreender em custo benefício. Fica devendo itens como mais entradas USB, um console entre os bancos e uma superfície macia ao toque sem mencionar o motor 1.3 turbo que deve chegar no próximo ano.

Há uma extensa lista de concorrentes para o Duster mas a Renault é justa ao posicionar o seu crossover. Ele não vai brigar com o Chevrolet Tracker, Volkswagen T-Cross ou modelos com motor THP da PSA. Ficará na base brigando com o Jeep Renegade 1.8 que por enquanto só tem motor aspirado, Ford EcoSport 1.5, Hyundai Creta 1.6, Citroën C4 Cactus 1.6, Peugeot 2008 1.6, Caoa-Chery Tiggo 2 e a versão base do Honda HR-V. 



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