Saíram das linhas de montagem 192,8 mil automóveis em maio, o que representa alta de 1% ante abril. Por Felipe Salomão
Todas as linhas de montagem de carros no país produziram 192,8 mil unidades em maio, o que representa alta de 1% ante abril. Apesar do crescimento, esse número está de acordo com os outros meses deste ano, que desde janeiro tem se mantido entre 190 e 200 mil carros fabricados. Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores – Anfavea, a falta de demanda e a crise global de fornecimento de semicondutores, que tem fechado fábricas por todo mundo, tem atrapalhado a produção nacional, que não cresce mais. Contudo também não há quedas bruscas.
“Esse problema, que deve se alongar até os primeiros meses de 2022, é o responsável pelas paralisações temporárias de parte de nossas fábricas, algumas por períodos curtos, outras mais longos”, explica o Presidente Luiz Carlos Moraes, ressaltando que essa questão atinge vários setores industriais, mas o automotivo em especial, já que um único veículo pode ter até 600 semicondutores em seus sistemas eletrônicos de motorização, câmbio, segurança, conforto, entretenimento etc.
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Já as vendas registraram números mais sólidos, uma vez que teve 188,7 mil unidades licenciadas no mês passado, o que gerou alta de 7,7% em relação ao mês anterior. No acumulado do ano, as vendas de automóveis chegaram a marca de 891,7 mil carros emplacados. O segmento de caminhões também foi bem com 11,5 mil unidades vendidas, o que é o melhor resultado para a categoria desde dezembro de 2014.
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Em relação à exportação, foram levados para fora do país 37 mil veículos. Com isso, o mês de maio cresceu 9,1% ante abril. No acumulado do ano a exportação de automóveis chegou à marca de 166,6 mil unidades.
Crise dos semicondutores
Além de apresentar os números do setor automotivo, a entidade emitiu a sua opinião sobre a crise dos semicondutores, que tem produção concentrada na Ásia, o que gera um desafio para quem produz no Brasil, que pode se inspirar no que foi feito nos Estados Unidos e Europa.
“Estados Unidos e países da Europa captaram o sinal de alerta e já estão desenvolvendo políticas industriais no sentido de produzir localmente esses componentes eletrônicos, que são a base de toda a revolução tecnológica do 5G, internet das coisas, automação e outras já em curso”, afirma o Presidente da Anfavea, Luiz Carlos Moraes.
A Anfavea também destaca a importante no investimento em pesquisa e desenvolvimento destes componentes tão importantes para o segmento automotivo. “O setor automotivo e outras indústrias dependem cada vez mais desses insumos para dar um passo além em termos tecnológicos, atraindo para o país investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento, e na esteira disso gerando conhecimento técnico, acadêmico e empregos de altíssima qualidade. Já estamos atrasados, o que exige urgência e grande visão de futuro por parte dos nossos dirigentes”, conclui Moraes.
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