marca vai chegar a 90.000 unidades vendidas até o final deste ano. Por Marcos Camargo Jr
A Alfa Romeo é uma casa centenária ligada intimamente ao espírito italiano de esportividade. Mas teve altos e baixos chegando a ser uma marca de volume nos anos 1990 com mais de 230.000 unidades vendidas por ano. Depois de uma reestruturação profunda, a Stellantis trabalha a imagem da Alfa Romeo que em 2023 chegará a 90.000 unidades comercializadas. Mas a empresa quer mais:
Jean-Philippe Imparato, CEO da marca admitiu em entrevista ao Autocar, que embora o sedã Giulia quanto o SUV Stelvio não são um sucesso de mercado na Europa ou nos Estados Unidos. O Tonale também não vem empolgando de acordo com os dados de mercado.
Nos planos da marca estão modelos eletrificados de alta perfomance e maior volume como o Avenger que tem plataforma CMP (derivada do grupo PSA) chamado de “Brennero” internamente, assim como um esportivo derivado do 600.
Um SUV maior para mercados como os Estados Unidos também estão nos planos bem como o hatch Giulia que poderia voltar com motor de desempenho. Pelo visto A Alfa Romeo gostou da mídia positiva gerada com o Stradale que só vai chegar no próximo ano.
Novos ciclos e agora com lucratividade
A história da Alfa Romeo remonta o ano de 1907 quando Cavaliere Ugo Stella e Alexandre Darracq iniciaram a produção de automóveis de desempenho. Depois de uma primeira fase a ALFA – Anonima Lombarda Fabbrica Automobili foi assumida por Nicola Romeo após a I Guerra e levou a empresa para as competições onde formou uma imagem de carro de desejo e alto desempenho.
Nos anos 1960, em uma nova fase, a Alfa Romeo criou modelos de sucesso de pequeno porte como “Giulia Super” ou o 2600 Sprint GT. Depois dessa fase, a empresa experimentou uma grande dificuldade financeira e a Fiat assumiu a empresa nos anos 1980 quando iniciou uma nova fase de novos produtos.
Essa nova fase gerou modelos de sucesso posicionada como marca premium do grupo Fiat. Assim, a Alfa Lancia Spa teve uma fase de grande desenvolvimento e gerou produtos de sucesso como o Alfa 164, 155 e 156 que foram vendidos no Brasil como carros de luxo.
E depois de uma fase de baixas em seus altos volumes de produção, até por uma crise externa da Fiat, a Stellantis resgata a imagem de esportividade e inicia um novo ciclo de produtos para a marca com foco em alto desempenho, SUVs esportivos e agora inicia uma transição para modelos eletrificados.
No Brasil: nosso mercadoo teve a produção de automóveis Alfa Romeo entre 1960 a 1986 e entre 1991 até 2006. O FNM (Fabrica NAcional de Motores) JK (homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek) era um dos carros mais modernos do seu tempo e bem equipados e fez sucesso.
Depois nos anos 1970 produzimos o luxuoso 2300 até o ano 1986 passando pela fase onde a a empresa foi assumida pela Fiat Ao voltar em 1991, se estabeleceu como marca de desejo comercializando modelos como 164, 155 e 156 que rivalizava com modelos alemães mas deixou o Brasil em 2006.