Decapagem, pintura seguindo tom original e alinhamento de carroceria são passos importantes para valorizar o veículo. Por Marcos Camargo Jr
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Nos eventos do Auto Show os carros antigos são presença garantida. O brilho dos cromados, os emblemas restaurados e as linhas que enchem os olhos são resultado de um trabalho que leva meses ou anos para se concretizar.
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Não há parâmetro de valor nem de tempo para uma restauração mas é fato que um trabalho bem feito só valoriza o carro antigo. Mas como deve ser feita uma restauração de nível internacional? Quais são as boas práticas na hora de se restaurar um clássico?
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A oficina especializada A.M. Marcelo divulga o know how obtido em 50 anos de trabalho. No local Mercedes-Benz 500SL, Porsche 911, Chevrolet Belair 1951 e outros clássicos já foram restaurados e alguns premiados, inclusive fora do país. Mas como fazer corretamente uma restauração? Como se chegar ao melhor resultado? Conheça:
- Os especialistas afirmam que informação precisa é a primeira dica. Catálogos oficiais da marca, manuais e reportagens de época ajudam a compor as referências antes de iniciar a restauração. “É preciso ter cuidado com o ano, modelo e versão do carro para evitar erros, o que poderia levar a uma desvalorização do veículo”, explica Petriccione.
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- Guarde tudo.Ao restaurar um clássico se aproveita a maior parte das peças. Itens de desgaste natural como abraçadeiras, mangueiras e presilhas são trocados. Mesmo as peças que não podem ser reaproveitadas devem ser guardadas em um primeiro momento até pata referência futura.
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- Para uma restauração digna de um concurso de elegância o cuidado deve ser maior até mesmo nestes itens de desgaste natural, pois contarão pontos na avaliação final. Itens como selos, borrachas com inscrição em relevo do fabricante, lacres e até adesivos de época originais contam pontos.
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- A restauração padrão inclui a decapagem que deve ser feita com hidrojateamento. Nesse processo todas as camadas de tinta, massa e até antigos reparos são removidos. Esse processo é minucioso até chegar à lataria, que é quando o real estado do carro será revelado. “Esse processo costuma levar alguns dias e exige cuidado mas também é a hora da verdade onde massa, ferrugem e camadas de tinta serão reveladas”, explica o especialista.
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- Com o carro já decapado é aplicado um produto específico para que a ferrugem não se espalhe. Na substituição das chapas, no uso de gabaritos já existentes ou fabricados na hora, é preciso ter atenção com os vincos, medida de peças, suas dimensões exatas e o alinhamento dos painéis, que aliás é um critério de muito valor na avaliação de jurados em prêmios internacionais.
- Com o carroceria pronta é feita a preparação de pintura, onde são conferidos os alinhamentos finais até a pintura definitiva. Carros mais antigos com processo de produção ainda artesanal requerem mais cuidado.
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- Além da cabine de pintura e do devido isolamento que é um procedimento padrão, há dois caminhos diferentes para pintar um veículo explica Petriccione. “Um onde o cliente busca por reviver a originalidade dos tons de seu automóvel como saiu de fábrica o que antecipa um pouco o processo pois nos baseamos pelos códigos originais que é reproduzido pelo banco de dados da montadora e do fabricante fornecedor dos pigmentos; no segundo processo que é um pouco mais demorado mas muitas vezes mais satisfatório, o cliente tem desejo por fazer algo do seu jeito combinado uma cor mais moderna e ou inusitada para época tanto externo como interno do seu brinquedo. Nesse processo fazemos algumas amostras da pintura feita o que é examinado pelo cliente”, detalha.
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- Por fim vem o processo de pintura que leva menos tempo mas requer cuidado com as camadas aplicadas e verificar possíveis correções antes do pré acabamento. Esse estágio leva mais algumas semanas para termos certeza da qualidade a ser entregue,
- Por fim a carroceria segue para a montagem das peças que é tão importante quanto as demais etapas e é feita com extremo cuidado. A forma de fixação, os itens usados nesse processo (portas e parafusos, contraporcas e presilhas, tudo deve seguir o padrão da época).
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- Após a montagem começa a fase de testes e finos ajustes da parte mecânica. Peças originais sempre valem mais do que atualizações por itens mais modernos. “É comum a atualização de um platinado para ignição eletrônica, um tipo de bobina por outra, velas entre outros itens que geralmente o dono opta por trocar caso queira rodar mais com o carro. É questão de escolha pois para um carro ser premiado em concurso sem dúvida manter a originalidade é o melhor caminho”, finaliza.