Motor antiquado pode reduzir interesse sobre a novidade enquanto a PSA tem opções mais interessantes na casa. Por Marcos Camargo Jr
Prestes a ser lançado no Brasil o Peugeot 208 não terá a esperada motorização 1.2 Puretech turbo de 130cv hoje fabricada na Hungria e sim o velho é conhecido 1.6 aspirado de 118cv ofertado aqui nas versões mais simples do 2008, Citroën C4 Cactus, C3 e Peugeot Partner.
Segundo a PSA trata-se de uma questão estratégica que ainda não ficou clara o que pode fazer o novo 208 “queimar largada” usando um motor que estreou no Brasil há exatos 21 anos, ainda no 206.
O erro da Peugeot ao apostar suas fichas apenas na beleza externa que o carro certamente tem e na lista de equipamentos enxuta em relação ao modelo europeu pode segurar as vendas da novidade. Outro exemplo é que não terá aqui a direção semiautonoma e controle de Cruzeiro adaptativo oferecidos na Europa. Até o freio de estacionamento elétrico não será oferecido aqui lançando mão da velha alavanca no console.
Vamos relembrar? Quando a marca trouxe o 2008 para o país, em 2015, ficou somente no motor 1.6 aspirado, considerado fraco diante dos concorrentes. Pouco tempo depois o carro já ficou defasado em relação ao europeu e ão lançarem aqui este facelift em 2019 levaram ainda alguns meses para atualizar o motor e ofertar o 1.6 THP turbo. O resultado desse atraso?
O Peugeot 2008 é um mero coadjuvante do segmento mais disputado do país e nunca chegou nem ao quinto lugar das vendas entre crossovers compactos.
Alguma saída?
Elas existem pois a PSA admite a possibilidade de fabricar o 1.2 turbo na Argentina mas só em 2022 quando
Chegar aqui o novo 2008. Se isso se concretizar teremos o crossover três anos após a Europa.
Outra saída é equipar o Peugeot 208 com um motor 1.0 turbo de 130cv da Fiat, que agora compõe o grupo Stellantis, junto com a PSA. Esta saída honrosa deixaria o 208 bastante competitivo algo que neste início ele parece não ter.