Motor de 220cv e autonomia de 400km coloca novidade ao lado de BYD Yuan e Volvo EX30. por Marcos Camargo Jr
A Renault estava devendo há tempos uma novidade para o mercado nacional. Por isso chega ao país o novo Megane E-tech, modelo 100% elétrico, o terceiro a desembarcar por aqui depois do Zoe e do Kwid E-tech.
O Megane E-tech traz o visual arrojado dos novos produtos da Renault como o logotipo, o perfil visual afilado mais elegante e faróis em LED dinâmicos e a traseira elevada. Revelado em 2022, o carro é a aposta para renovar a percepção de design da marca e a experiência de condução elétrica.
O Megane conta com motor elétrico de 160 kW que rende 220 cv e autonomia de 337km pelo Inmetro (no WLTP são 450km) com baterias de 60kwh desenvolvidas pela LG que são mais leves com 395kg e tem 11cm de altura no assoalho do carro. O material da bateria é o que se conhece como NMC (níquel, manganês, cobalto) de alta densidade.
Os números são animadores: a 100 km/h em 7,4 segundos, carregamento rápido DC com entrada de potência de 130 kW e carregamento de 0 a 80% em 30 minutos. Em wallbox de 11kw o tempo de carga é estimado em 7h e 22kw em 4h.
O painel é bem acabado e usa tela de vidro OpenR Link com 9″ (ou 12 no modelo avaliado o que é um opcional) trazendo itens como controle de cruzeiro adaptativo, frenagem automática, assistente de permanência em faixa, sensor de manobras e fluxo cruzado (na Europa boa parte desses itens já são obrigatórios) bem como ar-condicionado digital dual zone. Ficou devendo itens como um teto solar.
Embora compacto e de posição de dirigir semelhante a um hatch, para todos os efeitos o Megane é um SUV. Ele mede 4,21m de comprimento, 1,78m de largura e 1,50m de altura com entre-eixos de 2,70 metros e 440 litros de porta malas. Uma pena que não tenha abertura elétrica do compartimento.
Ao volante
O Renault Megane chega ao país para renovar a percepção da marca com um produto novo. Com 220cv, o desempenho do carro surpreende bem como a autonomia proposta. Tivemos um contato de 100km a bordo da novidade que se propõe a uma autonomia de 337km sendo que na Europa são 450. Na prática ele deve ficar em torno de 390-400km no uso misto. Saindo de São Paulo a São Roque ele consumiu apenas 14% de energia se mostrando eficiente.
Chama a atenção a posição de dirigir mais baixa do que se propõe um SUV. Ele tem comandos à mão e visibilidade ampla. A qualidade dos materiais usados na cabine como o revestimento central no painel é incomum para um Renault e causa boa impressão.
A forma de dirigir muda muito conforme se ajusta o nível de regeneração (são 3 níveis) e no modo esportivo o carro responde ainda mais fácil com direção mais direta.
Na prática o Megane quer “subir a régua” da qualidade percebida sobre os carros da marca. Mais alinhado ao que a Renault vende na Europa, ele abre um caminho de renovação que ainda terá o Kardian, SUV compacto que estreia no país em outubro como novo produto de volume. Quanto ao Megane, ele chega com 3 anos de garantia e preço único de R$ 279,9 mil.