Ao todo, serão vendidas 1.000 unidades da edição final do hatchback. Por Felipe Salomão
O Volkswagen Gol, que foi lançado em 1980, deixará de ser produzido depois de 42 anos. O Gol só perdeu em longevidade para a Kombi que foi produzida por 56 anos ininterruptos deixando as linhas de produção no final de 2013 e também do Fusca lançado em 1950 como importado e produzido entre 1959 e 1986 e depois entre 1993 e 1996.
Ao todo, a Volkswagen venderá 1.000 unidades do Gol Last Edition, que traz um design comemorativo e com alusão aos modelos passados, como um emblema resinado semelhante ao desenho das rodas orbital presente em gerações passadas. A grafia Gol Last Edition também remete às primeiras versões do hatchback.
Por fora, o Volkswagen Gol Last Edition traz rodas de liga-leve de 15 polegadas escurecidas derivadas do pacote Urban, para conferir esportividade. O modelo tem um faixa na lateral preta lembrando as versões aventureiras. A grade frontal não tem cromado, o que remete aos modelos dos anos 90. A traseira tem uma faixa preta ligando os faróis em referência a versões esportivas do passado como o modelos GT, GTS e GTI. O interior traz volante, bancos e tapetes com costura na cor vermelha. Também há uma central multimídia, volante multifuncional, computador de bordo, ar-condicionado, entre outros itens.
Apesar de ter revelado o Gol Last Edition, a Volkswagen não revelou todos os equipamentos do hatchback e nem a motorização, que equipará a edição especial. Contudo, uma fonte ligada à Volkswagen informou que o modelo terá motor 1.0 três cilindros de 84cv e 10,3kgfm de torque. A escolha do motor foi justamente porque o antigo 1.6 MSi já fora de linha não foi homologado para a linha 2023 do Gol. Esse motor precisava de ajustes para atender ao Proconve L7 e por isso não equipou a versão de despedida.
Embora muito tenha se especulado sobre uma produção maior do Gol Last Edition, tal qual ocorreu com a Kombi em 2013, o hatch terá mesmo apenas 1.000 unidades numeradas à venda.
Trajetória do Gol
O Volkswagen Gol foi projetado no Brasil baseado em outros hatches da marca na Europa como o Scirocco e o Golf e estreou em 1980 com a dura missão de substituir o Fusca, que era o carro popular da marca no passado. A primeira geração durou até 1996 embora o GOL tenha passado por três atualizações, uma em 1985, outra em 1986 e depois a partir de 1991 com linhas mais envolventes. Nesta primeira geração o GOL já teve modelos comemorativos como o GOL Copa de 1982, Gol GT, GTS e o GTI de 1988 que foi o primeiro carro brasileiro com injeção eletrônica de combustível. Em 1993 surgia o GOL 1.000, versão ainda mais simplificada equipada com motor 1.0 CHT derivado do Escort da Ford por conta da joint venture da Autolatina.
Mas em 1994 surgiu a segunda geração, batizada carinhosamente pelos fãs de Gol Bola que ampliou o espaço interno e o conforto a bordo. A partir de 1999 a Volkswagen anunciou uma terceira geração, mas a plataforma era a mesma de 1994. Foi quando o GOL estreou motores 16V e também o motor 1.0 turbo que não fez sucesso além do modelo flex, o primeiro do mercado, em 2003. Esta geração teve várias atualizações e deu origem ao “GOL G4” que na verdade era atualização do GOL de segunda geração com estilo mais simples assumindo a posição de carro de entrada.
Em 2008 nasce a terceira geração do Gol com linhas fluidas e dinâmicas, usando a plataforma PQ24 do Polo daquela época. Com maior precisão na construção, foi a geração que durou mais tempo passando por duas grandes atualizações visuais e estreando equipamentos como multimídia e até câmbio automático de seis marchas.
Ao longo da história o Gol teve versões importantes e usou todos os motores disponíveis em cada momento do mercado: boxer derivado do Fusca, 1.0 turbo, 1.0 aspirado, 1.0 CHT derivado da Ford (Autolatina), 1.6, 1.8 e 2.0.
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